quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Feliz 2011 para todos nós!!! Demorei a postar aqui, mas vamo que vamo... Essas são duas poesias que escrevi já faz alguns anos e compartilho agora... Abraços!


Eu o vi voando

Minúsculo, asas pequenas

Nada perigoso,

Apenas fazia um barulho

Que me incomodava

Rapidamente, sem pestanejar

Quando passou na minha frente

Atirei as duas mãos

de encontro ao inseto

Não morreu, passou raspando

Não consegue mais voar

Tenta desesperadamente

Subir pelo vidro da janela

Pôr(pus) fim, a sua liberdade

Eu o vi, tentando

Tentando, vi

Mas nada fiz


O asfalto

Um garotinho com

Roupa que combina

Boné e bermuda, vermelha

Camiseta e tênis, amarelo

Não está assim por vaidade

Não vê ninguém ao seu lado

Corre

Nessa vida, nasce rodopiando

Parando em algum lugar

Nada de berço ou cama quente

Asfalto

Sólido, solitário

Coisa de gente que cresce só,

Guerreiro que ama, xinga, grita

Bate

O pó

Um comentário:

Thales Mendonça disse...

branquinho,meu parceiro..lembro desses poemas de data!!
Muito bom,incrível a capacidade de percepção dos seus poemas cronicamente crônicos...resumindo...bonito demais!Dô Valor!
abraço