Fragmentos ( Hugo Branquinho)
Nas casas de cimento
Bambu, arame, tijolo
Pedreiro madruga
Cantando modas de viola
Ouvidas no rádio da cidade local
Há uns dias atrás
Nos trens, famílias voltam aos lares
Marmita vazia, caindo de sono
Nos mares, banhistas saúdam sua beleza tropical
Serras caem
No bar, o primeiro freguês
É o que pede a branquinha outra vez
No céu, passarinhos e aviões
Tentam chegar num acordo final
No asfalto, ninguém
Olha ao redor
Porque não consegue ver
No tempo de alguém
São Pedro é quem
Manda
Tudo isso num só mundo
Vários seres, fragmentos
Beijo Quente
(Hugo Branquinho/ Heitor Branquinho)
Festa na roça, a gente gosta
Lá vem o povo pra arrumá um pretendente
Já tem fogueira, dança quadrilha
Só ta faltando aparecer o beijo quente
Óia a morena do cabelo cacheado
Quando passa os pêlo arrepia
Os óio fica bem aberto
E o coração dispara em alegria
Seu sorriso me deixa acanhado
Como faço pra entrá na sua famia
Será que pego minha viola
E arranho umas moda
Pra mostrá a valentia
(Refrão)
O mio verde já ta no forno
Daqui a pouco vai virá pamonha
Tanta paquera, tanto bilhete
Há muito tempo que já perdi a vergonha
Chegô pra mim um correio elegante
“Nunca no mundo vi tamanha formosura”
Eu respondi: “Pode seguir adiante”
Vem pra mais perto e vê se larga de frescura.